7 de set. de 2010

RESPOSTA "A Pseudo-independência brasileira"


Li a postagem do Wandeilson sobre a Independência do Brasil, concordo em partes, mas acho que houve uma generalização sobre o termo 'alienação'. Principalmente se olharmos o fato que é comemorado nesse feriado, a comemoração é sobre a Independência sobre o domínio político de Portugal, a partir daquela data ficamos livres para tomarmos decisão como um país livre sem nenhuma interferência direta de Portugal. Essa é a liberdade, que nos permite simplesmente declarar guerra à Argentina porque queremos, sem nenhuma interferência de Portugal e sem nenhum rancor aos lusos por parte do hermanos.
Estamos livres para escutar a música que nós brasileiros gostamos, seja essa música produzida aqui no Brasil ou nos Estados Unidos. Se infelizmente, moramos num país que não é auto-suficiente em música boa, que nos dá o desgosto de ver Mc Créu, Djavú, Calypso, Aviões do Forró e tantas outras coisas que tocam em todas as rádios e passam por todos os programas de massa, fazer o quê? Também somos apresentados aos sucessos internacionais, que comparados aos nossos sucessos são sim, superiores. A coisa mais natural é adotar àquilo que nos agrada. 
Cada um também é independente culturalmente para escolher aquilo que lhe agrada mais, seria mais importante e mais patriótico se todos gostassem das coisas feitas no Brasil: música, filme, comida, roupas, etc... Mas se a cultura exterior está sendo mais aceita e praticada pela maioria dos brasileiros, PACIÊNCIA, há um consenso, o que está vindo de fora é melhor, vamos pegar as partes boas dessas culturas e juntar às partes boas da nossa. 


         Alienado é a pessoa que escuta Mc Créu (ou qualquer outro cantor ou música) só porque ele apareceu no Programa do Gugu, porque tinha uma mulher do bundão dançando do lado dele e/ou porque todo mundo está escutando; a pessoa que come no McDonald's por causa do palhaço no comercial, pra ganhar um brinquedo, etc. Agora, se a pessoa faz todas essas coisas porque ela gosta, não importa se faz parte da cultura brasileira, norte-americana, portuguesa, finlandesa ou qualquer outra, ela não é uma pessoa alienada, pode até não ser patriota e não ser um pregador da cultura nacional, mas alienada não.
Eu bebo Coca-cola, por que? Porque eu gosto, se aqui no Brasil fosse produzido um refrigerante tão saboroso quanto, eu tomaria com certeza, mas Cajuína São Geraldo, Jesus o guaraná rosa ou o Guaraná Antártica (o mais aceitável) não são melhores que o refrigerante da terra do Tio Sam. Também não sou alienado, por exemplo, pelos sitcoms Seinfeld e Friends serem muito melhores e engraçados que A Grande Família, e se Os Normais que achava muito engraçado foi tirado do ar. 
Pra finalizar, alienação é apreciar coisas sem realmente gostar, é gostar de alguma coisa porque outra pessoa gosta, é gostar do que passa na televisão só porque passou na televisão; cabendo até mesmo dizer, alienação é gostar de alguma coisa só por querer ser patriota e por isso gostar do que é produzido no Brasil se na verdade acha a cultura exterior melhor.

Um comentário:

  1. Concordo em partes com o Daniel. Não é interessante para nós, um povo tão miscigenado, que contém tantas culturas e etnias, tentar excluir tudo o que vem de fora. Mas, tenho um pensamento como o de Oswald de Andrade no Manifesto Antropófago. Adquirir o que há de melhor na cultura estrangeira não é o mesmo que supervalorizá-las.

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