13 de set. de 2010

Zeitgeist. Jesus realmente existiu?

Não venho, pois, abrir uma discussão metafísica; mas uma discussão de fatos históricos. O documentário Zeitgeist gerou muita polêmica na Europa ao suscitar a dúvida nos leigos e mesmo nos estudiosos.





O documentário não aborda apenas o tema "cristianismo", mas muitos outros. É possível assistir as outras partes no Youtube.

Outro vídeo me chamou atenção sobre o assunto, onde Dr. Chris Forbes refuta alguns argumentos e algumas referências utilizadas no documentário.



Achei interessante sua argumentação, pois não devemos desmascarar farsas inventando mais farsas. Ora, a intenção de Dan Brown com o Código Da Vinci foi das melhores, mas também utilizou de vários dados fictícios, literatura sensacionalista claro, (ao contrário de, por exemplo, Umberto Eco). Dessa forma, a argumentação perde credibilidade e a hipocrisia continua a ser perpetuada. Os olhos são novamente vendados. O que há de aproveitável no documentário é quando fala sobre a utilização da representação simbólica ou mitológica dos fenômenos celestes. Isso esteve e está presente na maioria das cosmologias humanas ou as afetam de algum modo. Não nego, contudo, a semelhança que há em muitas culturas antigas. Culturas de sociedades de estiveram próximas e que, com o contato, realizaram muitos intercâmbios culturais. Um exemplo disso é o poema sumério "Enuma Elish" do século XII antes do ano zero, que retrata o surgimento do Universo de uma forma muito semelhante à do Gênesis bíblico. Não nego a semelhança que há entre Dioniso, o deus grego do vinho, quando "criou" o vinho e o "milagre do vinho" de Jesus na Bíblia. Não nego a visível manipulação que houve nos primeiros concílios da igreja católica a fim de compor a Bíblia ante os livros que foram descobertos da biblioteca de Nag Hammadi no Egito (o Evangelho de Judas, por exemplo, tem histórias muito diferentes).

Biblioteca de Nag Hammadi (em inglês):
http://www.gnosis.org/naghamm/nhl.html

Não nego a transformação da imagem de vários ícones da igreja católica (os santos, por exemplo) em vestimentas de deuses romanos para que a população da Roma antiga aceitasse a mudança do paganismo para o cristianismo.
Bom, há muito do que se falar... De uma forma geral, a dúvida é a mãe do conhecimento. Vamos deixar as certezas, as verdades absolutas - elas só trazem atraso! Questionar!

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